A Previdência Tem FGC? Saiba o que ela cobre e o que ela não cobre
26/03/2020 | Previdência Privada | Nenhum comentário

A previdência privada tem FGC ou não? Essa é uma dúvida muito comum entre os novos investidores, e com embasamento. A busca por segurança é necessária em períodos de flutuação, logo a escolha deve ser a mais assertiva.
De pronto, o Fundo Garantidor de Crédito não cobre, mas isso não significa necessariamente que os riscos são maiores do que em outras aplicações, como mostraremos adiante.
O que é o FGC?
O FGC é uma sigla para Fundo Garantidor de Crédito. Trata-se de uma instituição privada, sem fins lucrativos, formada pela maior parte dos bancos, incluindo a Caixa Econômica Federal, além de financiadoras de crédito.
Basicamente, ele funciona como uma medida para garantir que tanto instituições quanto clientes não sejam lesados por flutuações e riscos naturais do mercado. Ele garante aos clientes reembolso de até R$ 250 mil referentes a depósitos e créditos em casos de falência, liquidação ou intervenção na instituição financeira.
Em um primeiro momento, parece ser uma medida que torna os investimentos mais seguros e regulados. Contudo, por se tratar de uma sociedade entre as instituições financeiras, o FGC depende dos aportes que essas empresas oferecem, sem o apoio do governo federal.
Entre as aplicações e recursos cobertos pelo FGC, estão os seguintes:
- CDBs e RDBs;
- LCIs e LCAs;
- LCs (Letras de Câmbio);
- LHs (Letras Hipotecárias);
- depósitos em contas-correntes e poupanças;
- títulos emitidos após 08 de março de 2012 através de operações compromissadas.
Como é possível perceber, os planos de previdência privada não estão na lista das aplicações cobertas pelo FGC e a razão é bem simples: diferentemente das poupanças e dos ativos de renda fixa mencionados acima, as operações dentro do VGBL e PGBL são categorizadas como fundos de investimento, que operam uma outra categoria.
Por que a previdência não é coberta pelo fundo garantidor?
A previdência privada, como mencionamos acima, é qualificada como um fundo de investimento, ou seja, é um investimento coletivo que direciona o dinheiro dos cotistas para uma ou várias aplicações. Assim, um fundo pode investir em moeda estrangeira, ações, outros fundos, títulos públicos e privados, derivativos etc.
Acontece que o FGC fornece proteção para quem investe nos ativos, e não em um fundo que investe nos ativos. Ficou claro? Assim, se você aplicar seu dinheiro em CDBs, tem direito à proteção do FGC, mas, se aplicar em um fundo de investimento (mesmo que seja de previdência privada) que aplica o dinheiro dos cotistas em CDBs, o fundo não conta com a cobertura do FGC.
Caso a administradora desses investimentos venha a declarar falência, existe uma cobertura à parte para os cotistas. Nesse caso, a Susep, ou Superintendência de Seguros Privados. Em suas regras, caso uma seguradora ou banco quebre, outra empresa do segmento deve adquirir a carteira, sem mexer nos valores e rendimentos previamente aplicados pelos cotistas.
Quais órgãos asseguram a previdência privada?
Apesar de configurar um risco em comparação a outros ativos, a previdência privada conta com uma proteção própria. Como mencionado acima, o cotista não têm seus valores diretamente atrelados a um Fundo de Investimentos. Por este possui o seu CNPJ, os patrimònios financeiros não se misturam, o que garante segurança ao investidor.
Em casos de insolvência, a empresa não pode usar os recursos para liquidez de maneira alguma, nem mesmo de débitos trabalhistas. Esses valores voltam para os cotistas, que têm a opção de resgatarem nas instituições que foram empregados.
Aqui, saber quais as melhores opções de previdência privada é ainda mais importante. Cada instituição, seja ela um banco ou uma entidade independente, oferece os planos e benefícios, cabendo aos interessados escolherem aqueles que mais se adequam aos seus objetivos de investimento.
Invista com segurança
Já sabemos a resposta para a previdência ter FGC ou não. Agora, resta saber quais são os riscos. Como mencionado antes, a legislação para quem investe em previdência privada é bastante rígida na proteção ao investidor, mas, assim como ocorre em outros investimentos, a previdência privada também apresenta seus próprios riscos.
Por exemplo: apesar das empresas responsáveis pelas aplicações não terem acesso aos valores emitidos pelos cotistas em caso de solvência, há o risco de “default”, em que os bancos emissores quebram e os títulos não são ressarcidos aos contribuintes.
As modalidades de previdência privada também influenciam nestes casos, com rendimentos e flutuações que devem ser avaliadas antes mesmo de começar os investimentos. Além disso, fatores de risco do mercado e dos créditos atribuídos podem influenciar decisões a médio e longo prazo.
Existem nuances para cada tipo de aplicação, como o risco de mercado e o de crédito que algumas modalidades oferecem. Mas a dica essencial é manter uma carteira diversificada, para garantir as menores reduções.
Conhecer as regras do mercado é necessário para fazer escolhas conscientes. Entre elas, saber se a previdência tem FGC, ou não tem como já vimos. Os riscos e benefícios que esse aspecto oferece devem ser minuciosamente analisados, para evitar surpresas desagradáveis, agora ou no futuro.
Agora que você sabe por que a previdência não tem FGC, pode fazer as melhores escolhas para seus investimentos. Conte conosco para fazer a melhor escolha! Veja nossos serviços de consultoria, e garantir um futuro seguro.